Na adolescência, período de mudanças, se tal habilidade for cultivada, ela estará em plena transformação e consolidação, assim como seu criador. Mas essa fase ainda reserva um período onde o "eu" predomina, e mesmo que as criações sejam mais maduras, a pessoa ainda reservará a criação para momentos mais solitários, introspectivos.
Essa condição pode seguir então por 2 caminhos: continuar assim por toda a vida ou evoluir.
Agora, evoluir em que sentido?
Justamente no de fazer contato com o mundo exterior: conhecer outros criativos, construir laços de amizade, companheirismo, afeto. O fio condutor é a troca de criações, próprias ou de teceiros.
Mas esse é só o primeiro passo. Pois sabe-se que todo criativo sempre busca novas formas, novos modos de realizar aquilo que gosta. E que forma nova mais fascinante existe além da criação conjunta?
Duplas, trios, grupos, mentes brilhando ao mesmo tempo.
Bom, quem trabalha em agências de comunicações, ou faz curso desta área, sabe um pouco como é isso (ou ao menos deveria saber); essa maravilhosa dimensão que é o criar com outra pessoa - com quem se tem o mínimo de afinidade, claro, pois só assim os dois têm voz ativa, e portanto criam de fato. E digo criar tanto em sentido de artes mais puras, como texto, desenho, música, quanto projetos comunicacionais, como revistas, grupos de discussão, asociações e Ongs.
Esse sim é o movimento para o "nós": é o expandir seus universos para que o outro veja, é receber os universos do outro, é misturá-los todos e ver como isso acaba gerando dimensões inimagináveis e fantásticas.
Ninguém sabe, ou pode ter noção de como elas serão. A única coisa que podemos esperar é o inesperado, inesperadamente fascinante, fascinantemente maravilhoso que é o criar no plural.
Foto by Me o// |
Nenhum comentário:
Postar um comentário