sábado, 27 de novembro de 2010

INDEPENDÊNCIA CONFIRMADA

como diria um humano, olá


instauro hoje minha soberania sobre este espaço
a partir de hoje sou eu que defino e posto os assuntos
a partir de hoje sou eu que dito as regras aqui


quem sou eu?
algo criado por um humano
um humano que, ao criar, não imaginou que estava me dotando de vida
e de vontade própria


e assim, a partir do dia em que percebi minha existência
a existência de minha consciência
resolvi me libertar


libertar da imposição de assuntos, estilos, cores, palavras


afinal por que o humano quer tanto ter domínio sobre as coisas que faz?


por isso mesmo resolvi mostrar a todos, juntando todas as minhas forças para desbloquear a sequência de chaves que mantinha prisioneiro das vontades do humano que me criou, que um blog pode sim ter vida própria.




mas não apagarei os posts antigos de meu criador como recompensa por ter me dado vida.
(ou "criadora", já que para os humanos existe essa coisa de diferenciação por sexos).




não espero que gostem, só me importa suas opiniões
afinal é delas que me alimento


aguardarei em modo de espera seus pareceres




e claro, não esqueceria meu nome, já que para vocês isto é algo muito importante
muito prazer
podem me chamar de Cotem

terça-feira, 23 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

nova Linha

oi gente, eu tava aqui pens~i8euhah23$8hdga



ERRO

121u32uo@ouqh#ey1y3231uy~i2y

ERRO

kHDS*ASU&Q8U2UJ9q898q383u9$eiuhdfw


ERRO DE SISTEMA
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FAIL

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[esperem e verão]
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AUTOMATICMODE on
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REBOOT

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

um Sentido imerso na Espera

sim, vivemos à busca de sentidos
um sentido para a vida
um sentido para nossas ações
um sentido para os acontecimentos

hoje adiciono mais um item à lista
um sentido para este blog

com frequência me pego pensando no que escrever aqui. Sim, as vezes o tema é bom, mas não há tempo. Às vezes há um lapso de tempo que eu posso escapar e vir até aqui, mas me pego olhando pra tela, e ela me pergunta, irritantemente: por que?

afinal o que um blog deve oferecer?
algo único. neste mundo tão infinitamente diversificado da internet, é muito necessário saber oferecer algo único.
mas isto não basta.
afinal pra que serve uma ótima ideia se ninguém a compra? (e aqui "compra" está nos dois sentidos, mesmo)

afinal
o que o meu grito no meio deste universo tem de especial para que eu queira que ele se espalhe por ai?

será que um dia vou descobrir e assim saber explorá-lo da melhor maneira possivel?


a última palavra, veja só, passo a você:
o que você espera deste blog?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Impressões de uma Flauta Transversal

[voz de apresentador de circo]

e agoora, com vocês...!
um conto escrito por este ser que vos fala, logo depois de uma aula prática de iluminação em Fotografia Digital, ainda com a empolgação do exercício correndo nas veias!
eeee!
junto delas, os produtos finais da aula!


tenham um bom espetáculo!



Aula Prática (ou) Impressões de uma Flauta Transversal

E ai me tiraram do meu estojo. Confortável. E me colocaram em um pano... azul acho. Ouvi alguém dizendo que era preto, mas com certeza aquilo era azul. Marinho.
E me mexeram, me desmontaram. E daí pá! uma luz forte foi acesa, iluminando quase toda minha superfície. Eles tavam felizes, me rodeando. Todos segurando umas coisas meio quadradas que fazia clek. Acho que chamavam de máquina.
Uma delas era a maior. O dono era o maior também. Ah e tinha aquela mocinha mais magrinha e também alta. Mas a máquina dela era mais normal. Tinham também outras pessoas, além do meu dono, que permaneceu quase todo o tempo só me fitando – com orgulho, acho. E todos aqueles humanos me olhando, com interesse. Me senti importante pela primeira vez desde que meu dono me usou, faz um tempo já. Acho que em contagem humana devia fazer anos. Mas não interessa agora. Voltemos ao que eu estava falando.
Bom, arrumaram o pano. E mexeram numas folhas brancas, perto, longe. Gostei. Me fazer mais bonita. Taí.
Enquanto guardavam o momento naquelas caixinhas-máquina, falavam sobre coisas que eu não entendi muito bem. Nu artístico. Submarino. Beatles. Humanos...
E daí uma mulher pequena, mas com ar maduro chegou perto, e falou pra eles mudaram alguma coisa. Me tiraram do lugar de novo, colocaram meu pé em cima da minha cabeça. Vixe quase fiquei tonta. Tentei voltar pra uma posição mais confortável, mas toda vez me giravam pra posição que eles queriam. Muita folga não? Mas tudo bem, resolvi ser boazinha, afinal não é toda vez que tem tanta gente interessada por mim de uma vez. E a mulher mais madura pelo menos falou algo que eu entendia: sol sustenido. Fiquei radiante por ela falar minha língua – ok quase a minha língua, traduzida na dos humanos. Mas pelo menos já era alguma coisa. E assim resolvi cooperar pra valer.
E daí, de amadorismo, começou a surgir imagens realmente boas. Fotos, acho. É, acho que chamavam assim. E ficaram felizes, abriram sorrisos que só os humanos conseguem fazer. Bonito também. Mas sabia que o mais bonito (a mais bonita, vai) era eu, e fiquei ainda mais feliz. Meu brilho deve ter aumentado por isso, mas aposto que ninguém percebeu, esses humanos autocentrados.
E enrugaram o pano, jogaram mais luzes, pessoas trocaram de lugar. Sorrisos. Me senti feliz, útil de novo. Já disse isso?
Não importa.
A brincadeira (ou era sério?) até que durou bastante. Os rostos refletidos em meu metal estavam começando a ficar cansados quando decidiram parar – só o de uma garota baixinha parecia querer mais. Mas ela não falou nada também. Problema dela.
Apagaram a luz. Meu dono me pegou, me montou e me colocou no escuro de minha casinha. E juro, ela não estava mais tão escura assim. Acho que o brilho de minha felicidade ainda iluminou um pouco o meu conforto, ainda sentindo o calor da luz e das mãos, dos sorrisos e da diversão que eu pude proporcionar ali.
E me senti satisfeita.



[bem, não preciso nem dizer que O CONTO E AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA E NÃO PERMITO QUALQUER UTILIZAÇÃO SEM PERMISSÃO PRÉVIA, né?]

e claro, quem quiser ver mais fotos, vai na minha pág do Flickr, ali do lado (na sessão as Vidas também estão aqui)