segunda-feira, 20 de junho de 2011

Por que as garotas gostam de ler romances?


"Porque eu gosto, oras!" u.ú
Não vou nem comentar. Próximo!
"Porque garotas são românticas!" ^3^
Huum pode ser. Mas ainda falta uma coisa. Próximo!
"Porque garotas são sensíveis e sonhadoras!" *-*
Ahá, aí já começa a melhorar.
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Então por que??” o.ó ^0^ *0*
Então... por que garotas se encantam tanto pelas histórias de amor?


 
Eu poderia falar do legado medieval, da repressão feminina, da catarse da leitura, do escapismo... mas vale muito mais a pena conversarmos sobre duas coisas muito importantes para tod@s nós:
Sonhos e desejos.

São as duas características essenciais que existem dentro de você e dentro de todos ao nosso redor. E são eles que alimentam essa vontade, essa fome das garotas por romances.

E por que?

Bom, primeiro: quem nunca viu um filme ou ouviu uma história com príncipe encantado quando era pequena? Branca de Neve, A Bela Adormecida, a Pequena Sereia...

Aliás, a maioria de nós garotas cresceu com essas figuras coloridas, bonitas e divertidas, e com elas alimentamos nossos sonhos.

E como?

Simples, através da empatia, daquela habilidade de se colocar no lugar do outro. E quanto mais sonhadora e sensível é a pessoa, mais empática ela será.
Assim, nossos sonhos criam forma: se a princesa da história podemos ser nós, o príncipe encantado será nosso par. Então nosso par é bonito, sincero e amoroso. É confortável. E ele estará sempre ao nosso lado – basta que voltemos ao início do filme ou do livro.

Os anos se passam, e o conceito de “bonito” dentro da gente se desenvolve junto com nosso corpo e nossa cabeça, e ele se torna... “gostoso”, “atraente” (...e outras cositas más). Ou seja, esse príncipe, esse sonho de conforto e companhia, agora também precisa ter gostosisse. E por que não um quê de conflito também? Afinal quem gosta de algo que é bonzinho o tempo todo? (você gostava, lembra? Ah mas isso foi há taaanto tempo...)

E sabe quem continua presente também? A empatia, claro. Gritante e à flor da pele, assim como tudo na adolescência. Ou seja, ela também se desenvolveu para outro lado: o desejo.
E quão feliz não ficamos ao ver que podemos estar ao lado desse novo príncipe, através da nossa empatia-desejo?

Assim devoramos páginas e páginas de livros, e horas mais de filmes. Tudo em nome dos momentos em que podemos rever os sonhos, realimentar nossa alma. Onde novamente podemos ser a princesa – agora adolescente em crise, ou seja, espelho de nós mesmas – que sai em busca do príncipe. Ou vai justo para onde ele está. E o encontra. Ou melhor, o reencontramos, nessa nova aparência, mas ainda guardando a essência deliciosa do sonho infantil de companheirismo e aconchego – ao menos até que a história acabe, e iniciemos outra.

E por que não fazer com que esta outra seja, desta vez, em nossa própria vida? Claro, não é possível transferir o sonho inteiro para a realidade. Isso non ecziste. O que existem são pessoas, inseguras e imperfeitas, e dentre elas está sim o nosso príncipe. Talvez não tão bonito, não tão perfeito, não tão cheiroso. Mas estão aí, nos procurando, assim como os procuramos. Nos desejam, assim como os desejamos. Nos completam, assim como os completamos. E são de carne e osso, assim como nós.


obs: esta peqmatéria foi feita pra um especial de dia dos namorados que nunca aconteceu, então resolvi colocar aqui porque é uma pena deixar isso na gaveta... (afinal escrevi de coração, e as coisas feitas com sinceridade de sentimento sempre tem um objetivo que vai além de nós :3)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O acordar & Resenha Patre Primordium

[depois de um longo período de ausência da Criadora, que levou COTEM ao estado de hibernação novamente, ela o cutuca e fala, em alto e bom som ... ACORDA BELA ADORMECIDA!]

[video: y u em port de portugal?? D8]


eeEEe vamos às resenhas!!!
Hoje, apresentamos a você o:



Roteiro: Ana Recalde
Arte: Fred Hildebrand
Editora: Goal
Distribuição: Quarto Mundo
Páginas: 46
Publicação: 2009 
Onde comprar: [impresso]: Comix [digital/para IPhone]: AppStoreGoma de Mascar 

"Junte uma ótima sacada, em roteiro e desenho de qualidade, e pronto, eis a Patre"


Amanda Angel, uma garota normal, que enfrenta problemas de relacionamento com seu pai. Mas sua vida muda completamente quando tem que encarar a morte violenta dele.
Mistério, ação e fantasia em um mundo que poderia ser o nosso. Assim é Patre Primordium: uma revista de quadrinhos aonde ação e fantasia se mesclam em um enredo cheio de segredos e descobertas.

O dia em que conheci esta série foi um daqueles que nos faz acreditar piamente que nada é por acaso. (bom, no meu caso só confirmou, eu já acreditava hehe)
Sério, olha só:
Enquanto esperava o Luiz Quadrio chegar no metrô, fui na Comix procurar a revista Neo Tokyo... 
(sem saber ainda que ela é uma das únicas que não são vendidas lá ._.)

  
... quando me deparei com a estante de revistas nacionais, e claro, fui fuçar!! *-*
Dentre aquelas mil opções, (quase) todas interessantes, havia uma que a capa... não me pareceu muito interessante. Mas a sinopse sim.

E foi justamente por isso que a anexei ao meu querido montinho: queria ver como era a história e a arte de uma revista cuja capa não me atraía (pra sair da rotina de "só compro coisa cuja capa me interessa", mesmo [ah sim, lembrando que na Comix as revistas são embaladas, e como boa colecionadora, não saio abrindo porque acho uma puta falta de educação]).

Com a sacola recheada de HQs nacionais em mãos, fui para o lançamento do Nanquim Descartável (que aliás eu cobri para a FANTÁSTICA [site velho, do not enter anymore!! Da próxima vez, entre aqui>> FANTÁSTICA NOVO]), e não é que encontro o Fred Hild lá?? 
uahuahauh 
...
E sim, foi essa a coincidência, ta.
Bem, agora voltando à resenha o//

Assim que abri a Patre tive uma surpresa: o traço era muito melhor do que eu havia imaginado!! (porque geralmente, principalmente nas produções nacionais, as capas tem a ilustração melhor, e dentro a qualidade do desenho cai) Por que? Oras, porque é simples e muito expressivo, os cenários e os personagens tem um acabamento de primeira, tudo na medida certa - para a pegada sombria a que o título se propõe.

A história também não fica atrás: criativa, alia elementos conhecidos (os ditos bons clichês) a outros surpreendentes, formando uma trama complexa, mas claramente apresentada. Os personagens por sua vez são verossímeis e cativantes (apesar da principal ter as curvas um pouco... ham... supervalorizadas, mas tudo bem, a gente perdoa porque o desenhista é menino hehe). E tudo isso sabiamente construído no estilo mangá (traço, enquadramento, quadrinzação e estrutura das cenas). 


Os dois únicos pontos que eu acredito que deveriam melhorar são:
1. o tamanho das edições: é um absurdo de pequeno, quase metade de um capítulo normal, não dá nem pro cheiro (tanto que pra fazer essa resenha eu li as 3 outras que foram lançadas); ou, falando em termos mais técnicos, o leitor quase não tem oportunidade de entrar na história: quando finalmente se familiariza com o ambiente apresentado, ele acaba! #comofaz [por isso, acredito que se as edições fossem maiores, haveria proporcional aumento de leitores, porque aumenta a empatia e portanto a fidelização]

2. as coisas acontecem um pouco rápido demais, é muita informação e acontecimentos importantes em um curtíssimo espaço (de tempo)... tudo bem, pode-se falar que é o estilo, mas por que não desenvolver um pouco mais as reações dos personagens aos acontecidos, retratar tudo com um pouco mais de calma, com um pouco mais de fidelidade com relação à vida real - causando assim ainda maior impacto no leitor, já que nós também precisamos de um tempo para digerir tudo, e por que não² nos deixar fazer isso junto com os personagens?

Ah claro, relembrando aqui que essa minha visão se restringe às quatro primeiras edições (ou seja, minicapítulos) da Patre, que ainda está em lançamento, e ai sim, sendo tranquila e pacatamente produzida (eu acho ._.)

E meu, como ela promete!


Nota: 4,0 (restrições? só se você realmente abominar mangás e/ou histórias de fantasia. E se sim, o que que você tá fazendo aqui, filho?? u.ú uihauahauh #brinks)

(aliás, vocês já conheciam/tinham ouvido falar dessa revista? Ela foi bastante comentada no meio digital, exatamente por ser uma pioneira nacional em disponibilizar edições pra IPod)

<**

>> links interessantes: