Existem no mínimo 2 tipos de amigos: aqueles que são boas companhias pra certas situações e outros que são boas companhias para todas as situações. E é incrível notar que esse segundo tipo é o que mais nos deixa com energias deliciosas, renovadas, agradáveis.
Mesmo que, ao encontrá-lo, o assunto da vez não seja o mais divertido, ou mesmo quando vocês não estão em uma fase da vida tão animada... não importa: o fato é que vocês estão juntos, e que se curtem assim.
Ah claro, e quando falo "amigos", são válidos todos os tipos: o amigo-irmão, amigo-pai/mãe, amigo-colega, amigo-namorado(a)... enfim, qualquer um de sua vida que se encaixe no se coração de um jeito único e indelével.
Pois mesmo que vocês fiquem sem falar por muito tempo, assuntos aparecem, e mesmo que nenhum interessante dê as caras, vocês curtem a presença um do outro, extraindo dali o melhor do momento, sem necessidade de mediações.
[foto by me o//] |
É... o estar junto: algo tão simples e tão complexo, principalmente nos dias de hoje, onde pessoas mais falam do que escutam, onde se preza mais pela velocidade das respostas, em detrimento da ponderação, onde laços afetivos se fazem e se esfarelam ao piscar de olhos.
E no meio de tanta superficialidade e, como diz a Pitty, de "sorrisos plásticos e rostos de pedra", ainda somos capazes de encontrar nossos pares, e cativar essas pessoas tão especiais, que nos fazem valorizar cada instante da vida, cada palavra dita, cada sorriso trocado.
Porque não adianta argumentar: é exatamente isso nossa necessidade básica e vital, o que devemos ter como combustível para nosso crescimento, aprendendo com o tempo e as experiências a identificar, reconhecer e respeitar:
Falo dessa troca de energias, que ganha potência com o compartilhamento, formando um ciclo e retornando para nós na forma de ver a vida com outros olhos, ou quem sabe com os mesmos olhos e mais cores...
Afinal a felicidade de cada um é diferente, porque o modo de lidar com as energias, intrepretá-las, é distinto.
Mas o mais interessante é notar que, quanto mais próximo se é do amigo especial, essa interpretação torna-se cada vez mais semelhante, podendo chegar até no nível da "adivinhação muda", ou seja, quando se pensa em algo e a tal pessoa também chega a algo bem parecido, não importa onde vocês estejam.
É, exatamente o tal "ler pensamento", a tão falada empatia, muito valorizada nas culturas orientais, e ainda pouco reconhecida por aqui.
então, por que não começarmos a praticá-la agora?
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