sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sobre críticas

Não, este não é um post sobre aceitação de críticas, ou sobre como fazê-las e lidar com elas.
É sobre críticas de filmes.
Porque sério, hoje foi a segunda (ou terceira) vez que fui assistir um filme pela crítica ótima sobre - e pelo trailer também, vai -, e acabei me ferrando.

Foto by me o//


Sinceramente não sei o que essas pessoas contam para classificar uma produção audiovisual como muito boa - principalmente esta que fui ver hoje.
Composta por um ritmo excessivamente parado - sim, me considero suficientemente paciente, mas para tudo existe um limite, certo? -, cenas vazias desnecessárias (pessoas, existem diversos jeitos de passar o sentimento de tédio, e o usado, a meu ver, não foi o melhor deles), poucos diálogos - na sua maioria pobres, insossos -, atuação não muito exigida - a meu ver os atores provavelmente não tiveram muito trabalho em entrar nos personagens... ou em outras palavras, os papéis são simples. Até demais.
Ou seja, mesmo que a diretora tenha renome, mesmo que o assunto seja interessante, mesmo que a crítica coloque lá em cima... acho que o mais importante que tudo isso é saber como passar uma mensagem.

Em um post anterior eu coloquei que um bom comunicador e/ou artista tem que, além de elaborar e passar suas ideias, fazê-lo de um jeito que seja inteligível ao público, ou seja, falar a mesma língua que eles.
Afinal para que serve algo que só o artista entenda, além de ser uma sessão cartarse?

Sim, sei que com esses comentários estou atirando no meu próprio pé (afinal uma das coisas que acho mais difíceis é traduzir minha linguagem interior para as dos outros, ou ao menos para alguma inteligível para os outros), então por que não fazer dessa uma crítica direcionada a mim também, e usá-la sempre que pensar em criar algo novo?

Sendo que - principalmente nós, comunicadores -, sempre devemos ter em mente que:
a transmissão da mensagem é por vezes muito mais importante do que a mensagem em si - seguido de perto por o que o público irá entender dela, esta em primeiro lugar. Falando nisso, um dos fatores mais importantes da própria criatividade é esse saber passar satisfatoriamente a mensagem, de um modo diferenciado, tocante, marcante. Ou ao menos interessante.

Outra coisa: sei que este é um filme arte, sei que é intencional ele tentar ao máximo fugir de clichês, ou evitar seguir padrões hollywoodianos. Mas isso não é justificativa, afinal conheço vários outros filmes desse tipo que são excelentes, lindos, tocantes, singelos, líricos. Enfim, conseguem passar a mensagem com êxito, e nos fazer pensar nela.
Mas não é o caso deste, onde parece que não há emoção alguma além de tédio irreversível. Para todos. Em todas as horas. Ainda por cima coroado por um final completamente xis.
Resultado: empatia zero. Simpatia zero. Paciência zero.

então fikdik pra moça chamada Sofia Coppola, em seu filme Um Lugar Qualquer:
tenha uma ideia, faça um filme, passe uma mensagem. Mas também pense no modo como irá fazê-lo, por favor.


e vocês, já viram esse filme? concordam comigo?
por favor, expressem-se. Estamos aqui para isto o//

2 comentários:

  1. Haha... mto isso Mari... Sobre crítica de filme, aliás, não só sobre críticas de filme, mas várias outras coisas que viram tendência ou caem no gosto popular e no gosto não-popular me fazem perguntar qual é o esquema disso tudo: pq algumas coisas "vingam" e outras não!!
    Bom... não assisti ao filme... entãoo...
    Bjs, Fabi

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  2. acho que tem tudo a ver com consegiur passar a mensagem ou não. falar a mesma língua ou não.
    ^^

    pois é... haha pra quem não assistiu, fikdik xP

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